Contra fatos, não há argumentos: Nega de Robson e quatro vereadores enfrentam ofensiva política em Água Nova (RN) e denunciam tentativa de cassação de mandatos legítimos

Foto: Capa/PBAlerta


DA REDAÇÃO — A temperatura política subiu em Água Nova (RN), onde vereadores da oposição denunciam o que classificam como uma perseguição orquestrada pelo grupo do atual prefeito Netinho Macário, aliado de Ronaldo Souza, presidente local do União Brasil. De acordo com o apurado pelo Portal PBAlerta, o foco da polêmica recai sobre a candidatura de Katiane Daniele de Oliveira, a Nega de Robson, e a ameaça de cassação dos mandatos de quatro parlamentares oposicionistas eleitos em 2024.

Oposição na mira

Os vereadores Paulo, Raimundo, Suelo e Cleisom afirmam estar sendo alvos de ações judiciais com o claro objetivo de retirá-los do cargo. Segundo eles, trata-se de uma tentativa de anular o resultado das urnas por vias judiciais. “Fomos escolhidos pelo povo, e agora querem nos calar na Justiça”, afirmam, em nota conjunta.

O estopim do embate jurídico é a acusação de candidatura fictícia contra Nega de Robson. A coligação governista alega que ela não fez campanha efetiva, o que invalidaria os votos recebidos. No entanto, registros públicos, imagens nas redes sociais e relatos de moradores apontam o contrário: a candidata participou ativamente do processo eleitoral, com distribuição de materiais gráficos, visitas a eleitores e produção de conteúdo digital durante toda a campanha.

Ex-candidata — Katiane Daniele de Oliveira, a Nega de Robson.


Reação após o resultado das urnas

A oposição atribui a ofensiva judicial à insatisfação da situação com o resultado das eleições de 2024, que fragilizou o domínio político do grupo de Ronaldo Souza. “É do conhecimento de todos que o grupo da situação saiu enfraquecido do último pleito. E agora tentam, por vias judiciais, eliminar adversários que vêm crescendo junto à população”, declarou um representante do MDB local.

Disputa interna e medo de traições

Nos bastidores, circulam informações de que há uma disputa interna na base governista pela presidência da Câmara Municipal. Temendo mudanças de alianças entre os eleitos, o grupo da situação estaria, segundo opositores, buscando "garantir o controle por qualquer meio", inclusive pela via judicial.

Defesa se manifesta

A defesa da chapa de Nega de Robson rebate as acusações com documentos que comprovam a regularidade da candidatura. Entre eles, nota fiscal de material gráfico emitida em setembro de 2024 e contratos de assessoria jurídica e contábil pagos com recursos do PL, partido que integrou a coligação. A defesa ainda pede que o Tribunal Eleitoral analise o celular da candidata ou solicite ao Instagram os registros de postagens da campanha, que reforçariam a sua atuação política.

Democracia em risco

O MDB de Água Nova pede a rejeição total da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e a manutenção dos mandatos legítimos concedidos pelas urnas. Caso a Justiça aceite a ação da situação, a Câmara Municipal passaria a ter todos os nove vereadores ligados ao prefeito — um cenário que, segundo analistas políticos, representa um duro golpe à democracia local.

O que diz o povo?

Diante da tensão política crescente e da possibilidade de um Legislativo 100% governista, eleitores se perguntam: trata-se de justiça ou de uma perseguição política travestida de legalidade? A resposta segue dividida, mas nas ruas e nas redes sociais, muitos reforçam: “Contra fatos, não há argumentos”.

Veja o vídeo em que contém toda sua campanha política 



Fonte: PBAlerta

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