DA REDAÇÃO – Uma remoção controversa de uma réplica de tamareira da Praça Francisco Braga, localizada em Marizópolis, está gerando grande repercussão na cidade. O episódio, ocorrido na manhã desta quinta-feira (20), levou à mobilização de autoridades municipais e do Ministério Público, após denúncias de que a árvore foi retirada da praça e replantada na fazenda particular do prefeito Lucas Braga.
A denúncia foi feita pelo vereador Carlos José, que, com o apoio do líder da oposição, Júnior do Peixe, acusou o prefeito de utilizar equipamentos públicos para realizar a remoção e o replantio da tamareira em sua propriedade rural. Em entrevista ao programa de rádio na 104 FM, o vereador Carlos José criticou a atitude do prefeito, destacando que o ato poderia configurar "apropriação indevida" de bem público, além de violar normas relacionadas à destinação de bens públicos removidos durante obras.
Carlos José informou ainda que está em processo de investigação para verificar se a licitação para a reforma da praça incluía cláusulas que garantissem a destinação correta dos bens públicos removidos. Ele prometeu acompanhar de perto o caso, buscando esclarecimentos sobre o uso dos recursos públicos para a remoção da árvore.
Em resposta às acusações, o prefeito Lucas Braga se defendeu também por meio da rádio 104 FM, afirmando que a licitação da reforma da praça não incluía cláusulas que obrigassem a empresa responsável a cuidar da remoção dos bens públicos. Segundo o gestor, a prefeitura assumiu essa responsabilidade, e a decisão de replantar a árvore em sua fazenda foi uma ação pessoal. No entanto, ele reconheceu que essa atitude pode ser questionada legalmente, já que, conforme a legislação, a apropriação de bem público sem justificativa adequada pode caracterizar improbidade administrativa.
Repercussão Política e Denúncia ao Ministério Público
A situação ganhou contornos ainda mais tensos quando Júnior do Peixe, líder da oposição, anunciou que formalizaria uma denúncia junto ao Ministério Público para investigar o caso. Ele apontou que a retirada da tamareira, considerada um patrimônio da população de Marizópolis, para uso particular do prefeito, poderia ser interpretada como um crime de improbidade administrativa. Para o líder oposicionista, a ação compromete a transparência e a confiança da população nas ações do governo municipal.
A situação segue gerando debates intensos nas redes sociais e nas rádios locais, com moradores e autoridades políticas divididos sobre a legalidade e a ética da decisão do prefeito. Enquanto isso, a cidade aguarda que as investigações avancem para que se esclareçam os fatos e, se necessário, se tomem as medidas legais cabíveis.
A questão, agora, está nas mãos das autoridades competentes, e o caso poderá ter desdobramentos políticos e jurídicos significativos para o futuro da administração pública em Marizópolis.
Aguardando mais esclarecimentos
Com a denúncia formalizada e o apoio da população local, o caso da remoção da tamareira promete ser um dos assuntos centrais nos próximos dias na política municipal, e muitos aguardam para ver se a transparência e a legalidade prevalecerão no processo de apuração dos fatos.
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