DA REDAÇÃO – O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 55 anos, se entregou à Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (7), no bairro do Geisel, em João Pessoa, após ser alvo de várias denúncias de abuso sexual infantil. Cunha Lima, que atuou por mais de 50 anos na área da pediatria, foi questionado sobre as acusações e, durante seu depoimento, afirmou que estava na casa de sua filha, em Pernambuco, quando as investigações começaram.
"Com as minhas doenças eu não vou ficar preso, vou ficar só dois dias e saio", afirmou o médico, demonstrando confiança na rapidez de sua soltura. Em sua fala, Fernando Cunha Lima também se declarou inocente e afirmou desconhecer o número elevado de denúncias. "Eu não me entreguei antes porque meu advogado não me orientou assim. Não tem nenhuma vítima, eu tenho 55 anos de pediatria, eu tenho 20 mil clientes, porque só 3 ou 2 eu fiz alguma coisa?", disse, se referindo às denúncias que foram formalizadas contra ele.
O caso começou a ganhar notoriedade após uma denúncia de estupro envolvendo uma criança de 9 anos, que teria ocorrido durante uma consulta médica em 25 de julho de 2024. Segundo o advogado Bruno Girão, que representa as vítimas, cerca de 20 pessoas entraram em contato com a polícia para relatar possíveis abusos, embora muitas delas não tenham formalizado as acusações. Entre as quatro denunciantes que apresentaram queixa formal, duas são sobrinhas do médico e as outras duas são mães de pacientes que foram atendidos por Cunha Lima.
A Polícia Civil segue investigando o caso e apurando as denúncias, enquanto o médico permanece sob custódia, aguardando os desdobramentos legais da situação. O caso gerou grande repercussão, levantando discussões sobre o abuso de poder e confiança por parte de profissionais da saúde. O advogado de Cunha Lima, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos da defesa.
As investigações continuam e novas denúncias podem surgir à medida que mais vítimas se sintam confortáveis para se manifestar sobre os abusos alegados. A população aguarda mais informações sobre o andamento do caso e as ações da justiça.
PBAlerta