As Secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro confirmaram, na quarta-feira (26), a existência de uma aliança entre duas das maiores facções criminosas do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Após quase uma década de acirrada rivalidade, os grupos anunciaram uma trégua, marcando um novo capítulo nas dinâmicas do crime organizado no país. A confirmação foi divulgada pelo portal G1.
A aliança foi consolidada a partir da solicitação de transferência de 37 detentos ligados ao PCC para unidades prisionais onde já estão presos membros do CV. A movimentação, que indica uma aproximação mais forte entre os dois grupos, foi registrada por autoridades estaduais e já está sendo monitorada. A Paraíba está entre os estados mencionados nos comunicados sobre o acordo, o que sugere que essa aliança pode ter impacto direto na segurança pública local, especialmente em áreas onde as facções já operam com influência.
Nos últimos dias, relatórios de inteligência já vinham apontando sinais de uma aproximação entre os grupos, mas a trégua ganhou força com a circulação de comunicados nas redes sociais, iniciada no dia 11 de fevereiro. Nessas mensagens, os faccionados pediam o fim dos confrontos entre as duas facções. A frase “o crime fortalece o crime” tem sido usada como um lema para justificar a união, com a ideia de que a união entre as facções pode fortalecer o poder criminoso no Brasil.
A rivalidade entre o PCC e o CV começou em 2016, após o assassinato do traficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Esse evento desencadeou uma disputa pela dominação de rotas do tráfico de drogas, resultando em episódios violentos em presídios, principalmente no Norte e Nordeste do país. Desde então, diversos confrontos entre as facções geraram mortes e uma escalada da violência em várias regiões.
Agora, com o novo pacto criminal, que traz como lema "Paz, Justiça, Liberdade e Fraternidade", a aliança entre PCC e CV abre portas para negociações com outros grupos criminosos, o que pode alterar significativamente o cenário da segurança pública no Brasil. As autoridades de segurança pública estão em alerta, monitorando as movimentações dos grupos e avaliando o impacto dessa união na criminalidade e na segurança dos estados afetados.
Comunicados semelhantes, incluindo mensagens sobre o pacto entre as facções, foram identificados em estados como Ceará, Maranhão, Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e, claro, a Paraíba. As investigações e o acompanhamento das redes sociais continuam, com o objetivo de entender as reais intenções por trás dessa união e a forma como ela pode alterar o quadro da violência e da organização criminosa no Brasil.
As autoridades seguem atentas, com o objetivo de conter qualquer avanço dessa aliança, garantindo que a paz e a segurança da população não sejam comprometidas pelo fortalecimento de grupos criminosos no país.
PBAlerta
