DA REDAÇÃO – O julgamento de um caso de feminicídio marcou a 1ª Reunião Ordinária do Tribunal de Júri Popular da Comarca de Sousa, realizada nos dias 4 e 14 de fevereiro de 2025. O processo, registrado sob o número 0802084-61.2024.815.0371, resultou na condenação de Jhonatta Jhoff Belo de Lima a 30 anos de reclusão pelo assassinato de sua ex-companheira, Fernanda Maciel Pires, de 24 anos.
O Crime
O feminicídio ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2024, por volta das 14h, na Rua João Beato, no bairro Vila Nova, na cidade de Marizópolis. De acordo com a Denúncia do Ministério Público da Paraíba, Jhonatta não aceitava o término do relacionamento e, motivado por ciúmes e raiva, matou Fernanda a tiros de forma cruel, utilizando uma arma de fogo que dificultou a defesa da vítima. O assassinato foi classificado como um crime torpe, pois o acusado agiu por motivos fúteis e sem justificação.
Além de matar Fernanda, Jhonatta também tentou matar Raimundo Alexandre de Sousa Araújo, que estava no local e tentou intervir. No entanto, o crime não foi consumado devido a circunstâncias alheias à vontade do criminoso. O réu também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, sem a devida autorização legal.
Decisão Judicial
O julgamento foi presidido pelo juiz titular da 1ª Vara Mista de Sousa, José Normando Fernandes, que conduziu as sessões do júri. O magistrado ressaltou que este julgamento é um exemplo de como a justiça está sendo feita na região, destacando a importância de garantir que crimes como esse não fiquem impunes.
Além do município de Sousa, a Comarca abrange outros municípios da região, como Aparecida, São Francisco, Santa Cruz, Lastro, Vieirópolis, Marizópolis, Nazarezinho, São José da Lagoa Tapada, Uiraúna, Poço Dantas e Joca Claudino.
Empenho dos Servidores
O chefe do Cartório da 1ª Vara Mista, José de Anchieta da Silva Júnior, elogiou o trabalho da unidade judiciária, ressaltando o empenho dos servidores para garantir que os processos fossem pautados e julgados de forma célere e justa. "Estamos trabalhando com dedicação para que a justiça seja feita, como é o caso deste processo", afirmou.
A condenação de Jhonatta Jhoff Belo de Lima a 30 anos de reclusão é um marco importante para a luta contra o feminicídio e a violência doméstica na Paraíba, refletindo o compromisso da justiça em punir os responsáveis por tais crimes e proporcionar a proteção das vítimas.
PBAlerta