Fechamento da Escola Maria Raquel Pinto Gadelha, em Sousa: Secretária de Educação justifica a decisão



Durante o programa Cidade Notícia, da Rádio Líder FM, nesta segunda-feira (10), a secretária de Educação do município de Sousa, Bruna Veras, apresentou a justificativa para o fechamento da Escola Municipal Maria Raquel Pinto Gadelha, localizada no sítio Mãe D'Água. A escola, que foi fundada há 30 anos, teve seu encerramento anunciado recentemente, gerando controvérsias entre os moradores da região.

A decisão foi recebida com críticas por parte de algumas mães e pais de alunos, embora, segundo a secretária, a maioria das mães presentes na reunião sobre o tema tenha apoiado o fechamento. De acordo com Bruna Veras, o modelo de ensino multisseriado, que estava em vigor na escola devido à baixa quantidade de alunos, comprometeu o aprendizado das crianças. Ela destacou que, ao reunir diversas séries em uma única sala, os alunos acabavam não recebendo a atenção e o ensino adequados. A solução proposta pela Secretaria de Educação foi a transferência dos estudantes para a recém-inaugurada Escola Chico Mendes, que está localizada na zona urbana e oferece 14 salas de aula, com mais estrutura para garantir um ensino de qualidade. Para facilitar o deslocamento dos alunos, a secretaria se comprometeu a disponibilizar transporte coletivo diário.

A secretária explicou que a medida não visava uma redução de custos para o município, mas sim garantir um melhor aproveitamento pedagógico para os estudantes. "A gente sabe que essas crianças têm total condição de alcançar resultados melhores. Sabemos também que os professores das escolas de multisseriado têm capacidade suficiente para ensinar, mas o cenário de várias séries sendo administradas por um único professor prejudica o desempenho", explicou Bruna Veras.

Além disso, Bruna fez questão de ressaltar que a decisão não foi tomada sem a devida consulta aos moradores. Das 23 mães presentes na reunião, 22 assinaram a ata concordando com o fechamento da instituição de ensino. A secretária enfatizou que, ao tomar essa decisão, o objetivo era melhorar a qualidade do ensino, tanto para as crianças da cidade quanto para as da zona rural. "Pensando em dar qualidade de ensino, não só às crianças da cidade, mas também às crianças do campo, a gente levou essa proposta", afirmou.

Porém, a medida gerou uma série de reações nas redes sociais. Alguns moradores expressaram seu descontentamento com o fechamento da escola. Em postagens no Instagram, vários questionaram a falta de recursos para manter a escola aberta e sugeriram a necessidade de otimizar os gastos, com a redistribuição de recursos para a contratação de mais professores. "Não tem verba? Tire os empregos que não fazem nada e coloque mais professores. A escola que existe há mais de 30 anos não pode fechar, não só ela, como nenhuma escola", comentou um morador.

Na noite anterior ao pronunciamento da secretária, várias mães de alunos da escola procuraram a redação do Portal PBAlerta e enviaram áudios da última reunião em que a secretária anunciou o fechamento. A movimentação gerou uma onda de lamentações entre as famílias, que se sentiram abaladas pela decisão, considerando o vínculo afetivo com a instituição e o impacto dessa mudança para os filhos.

A situação segue gerando debates e divisões na comunidade local, entre os que defendem a mudança como uma medida necessária para melhorar a qualidade do ensino e os que acreditam que a escola deveria continuar funcionando, com ajustes que permitissem a melhoria do processo educacional no local.

Com a transferência para a Escola Chico Mendes, a secretaria busca oferecer melhores condições para o aprendizado dos estudantes, mas a questão do fechamento da Escola Maria Raquel Pinto Gadelha continua sendo um tema sensível para os moradores do sítio Mãe D'Água.

Fonte: PBAlerta

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