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| Foto: Reprodução/Câmara dos vereadores |
Na sessão da última sexta-feira, 21 de fevereiro, a Câmara Municipal de Poço de José de Moura se transformou em palco de um intenso confronto político, quando a Secretária de Agricultura do município, Ana Fábia, usou a tribuna para atacar a vereadora Neucivânia Claudino. O desentendimento teve como estopim as críticas feitas pela vereadora em uma emissora de rádio, em que ela cobrava maior agilidade no corte de terra, um serviço essencial para os agricultores da cidade.
Em sua fala, a secretária Ana Fábia minimizou as críticas de Neucivânia, referindo-se a ela como uma "novata" na política e sugerindo que, se a vereadora “descesse do palanque”, ela desapareceria politicamente. Ana Fábia ainda ironizou a participação de Neucivânia na rádio, afirmando que a vereadora não deveria conceder entrevistas. "Eu entendo que alguns dos vereadores, principalmente uma novata, e eu vou me portar a ela, que ela não precisa descer do palanque, ela sempre está em cima do palanque. E ela diz assim, vamos deixar de politicagem, mas infelizmente a politicagem não sai dela. Porque eu tenho certeza, se ela descer do palanque, ela desaparece", afirmou a secretária durante a sessão, em uma atitude clara de desqualificação.
O episódio gerou grande revolta nos bastidores da política local, especialmente por conta da postura da presidente da Câmara, Paula Batista, aliada da gestão municipal. Durante a mesma sessão, Paula Batista impediu que a vereadora Neucivânia usasse a palavra para se defender ou dar continuidade à sua fala, o que gerou um grande questionamento sobre a condução dos trabalhos na Casa Legislativa.
A atitude da presidente levantou críticas sobre o clima de politicagem e parcialidade no âmbito legislativo, com muitos apontando que as sessões estão sendo conduzidas de forma a restringir a liberdade de expressão e o debate democrático. O episódio, além de ter alimentado ainda mais as tensões políticas na cidade, também trouxe à tona o debate sobre a liberdade dos vereadores em fiscalizar e cobrar ações da administração municipal sem serem atacados ou silenciados.
O confronto na Câmara de Poço de José de Moura é mais um capítulo de um clima político tenso que deve se intensificar nas próximas semanas, enquanto a população aguarda respostas sobre as demandas dos agricultores e sobre a postura dos representantes municipais em relação às críticas e fiscalizações do trabalho da gestão atual.
PBAlerta
